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Garantindo que as grandes companhias de tecnologia, plataformas de redes sociais e empresas de IA respeitem os direitos humanos e a justiça social

Nos últimos anos, tornou-se bastante evidente que, longe de cumprirem seu potencial de se tornarem forças poderosas para o bem-estar coletivo e social, as tecnologias digitais, as redes sociais e a inteligência artificial se consolidaram como agentes de erosão dos direitos humanos e da justiça social em todo o mundo.

Responder a estes danos não é algo que pode esperar e, por isso, a Luminate está evoluindo sua estratégia para enfrentar esses desafios.

A partir de 2026, todo o nosso trabalho irá focar em contestar os danos e o poder das grandes companhias de tecnologia, plataformas de redes sociais e empresas de IA, especialmente seus efeitos desproporcionais para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Nosso objetivo é garantir mais fiscalização e prestação de contas sobre os processos e decisões que levam à concepção, desenvolvimento e utilização da tecnologia, para que esta ferramenta respeite os direitos humanos e a justiça social.

Esta decisão é, na prática, uma extensão do trabalho que já realizamos há anos. Desde 2018, apoiamos com mais de US$ 370 milhões a mais de 500 organizações, movimentos e projetos, muitos dos quais se dedicam a aumentar a prestação de contas por parte das empresas de tecnologia ao redor do mundo, incluindo:

  • Viabilizar que o trabalho da TechHer na Nigéria aborde a violência de gênero online, desenvolvendo e implementando o KURAM, uma plataforma que registra incidentes, e fornece recursos e oportunidades para que as vítimas acessem à justiça.  
  • Financiar Civic Compass, uma organização na Argentina que está pesquisando as percepções e o impacto da regulamentação da IA em cinco países da América Latina, com a intenção de informar as políticas públicas sobre esta tecnologia na região.  
  • Estabelecer o International Fund for Public Interest Media (IFPIM), que apoia o jornalismo independente em países de renda média e baixa, e enfrenta os desafios representados pelas novas tecnologias para os meios de comunicação.  
  • Financiar a ação popular da Ius Omnibus contra a Flo Health, Inc. pela forma como seu aplicativo rastreou, compartilhou e vendeu ilegalmente informações pessoais altamente sensíveis sobre a saúde das mulheres portuguesas.  
  • Apoiar movimentos como Open Rights Group, Ekō e Uplift para mobilizar pessoas que fazem campanha pelos direitos de dados e pela privacidade digital em todo o mundo.  

Para ajudar nossas organizações parceiras a realizar este importante trabalho, estamos aperfeiçoando o apoio que prestamos. Continuaremos a fornecer financiamento plurianual e irrestrito e a oferecer apoio além da subvenção para lhes permitir alcançar o impacto desejado e construir organizações resilientes. Ao mesmo tempo, estamos trabalhando para simplificar nossos processos, reduzir requisitos de relatórios e agilizar os pagamentos.

Queremos fazer parte da resposta colectiva necessária para enfrentar o ritmo e a escala crescentes dos danos que as grandes companhias de tecnologia, as plataformas de redes sociais e as empresas de IA estão criando. Desde a justiça climática, passando pelos direitos das mulheres e das pessoas LGBT+ e pela equidade racial, queremos garantir que o nosso futuro seja aquele em que a tecnologia funcione a favor, e não contra, as pessoas e a sociedade.